O catecismo católico registra que Maria, a virgem escolhida como canal para a encarnação do Verbo de Deus, para trazer ao mundo seu Messias, permaneceu virgem através de sua vida inteira. Vejamos:
"Maria permaneceu virgem concebendo seu Filho, virgem ao dá-lo à luz, virgem ao carregá-lo, virgem ao alimentá-lo do seu seio, virgem sempre."
Catecismo da Igreja Católica, p.143, #510
Mas será que que existem fatos que fundamentem essa teoria da Igreja? Vamos analisar de acordo com as Escrituras Sagradas.
Em Mateus, capítulo 1, versículos 24 e 25, lemos:
"Quando acordou, José fez conforme o anjo do Senhor tinha mandado e acolheu sua esposa.
E não teve relações com ela ATÉ O DIA em que deu à luz o filho, ao qual ele pôs o nome de Jesus." (GRIFO MEU)
Esse trecho foi retirado do site bíblia católica online (www.pr.gonet.bia/biblia.php).
Como vemos, o autor deixa claro que Maria e José não mantiveram relações sexuais ATÉ O DIA em que ela deu a luz o seu filho Jesus, o que nos leva a crer que, após isso, consumaram o casamento, o que é natural e aceitável.
Além disso, são inúmeras as passagens que demonstra que Jesus teve irmãos e irmãs, obviamente filhos legítimos de Maria e José (visto que entre os judeus, não era costume adotar crianças).
Vejamos um trecho, retirado de uma Bíblia católica, em que Jesus é rejeitado pelos moradores de Nazaré:
"Não é ele o carpinteiro, o filho de Maria, irmão de Tiago, José, Judas e Simão? E suas irmãs não estão aqui conosco?"
Marcos 6.3
(Podemos ler também essa passagem em Mateus 13.53-58)
Como vemos, além de Jesus, Maria gerou, com seu esposo José, a pelo menos 6 filhos (4 homens e ao menos 2 mulheres, visto que o termo "irmãs" encontra-se no plural).
A Palavra de Deus, nossa Bíblia Sagrada, não deixa dúvidas: Maria e José viveram uma vida conjugal normal e saudável após o nascimento de Jesus. Até mesmo o apóstolo Paulo cita um dos irmãos de Jesus.
"E não vi outro dos apóstolos, senão a Tiago, o irmão do Senhor"
Gálatas 1.19
Por que criar em Maria a falsa imagem de uma "virgem perpétua"? Acaso ao manter uma relação conjugal legítima com seu marido José, a importância de seu ato de obediência e fé seria perdida? É claro que não!
Maria foi uma serva obediente e mulher justa, seu galardão está preparado nos céus, e seu ato de fé e obediência a Deus não necessita de mentiras e subtefúrgios para ter sua importância reconhecida pelos cristãos.
Que Deus abençoe a todos!